Ó Paisagem nua, Dor! - Monólogos Franjhunio: agosto 2010

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Na madrugada sem papo chuto uma pedra e é um sapo!


Fui um menino introspectivo. Parentes e amigos dos meus pais, viviam dizendo que eu era muito observador, caladão e mal chamava atenção. Gostava mesmo de escrever. Isso deve ser a única constante em minha vida, além da queda de cabelos. Todos sempre acharam que era inteligente, mas pessoalmente fora o hábito de ler nunca fui um gênio.

Hoje, continuam me achando inteligente. Mantenho minha opinião. Não me acham mais caladão e nem introspectivo, mas pessoalmente, acho que ainda sou. Há até quem me considere sociável, espirituoso e engraçado. Xande uma vez me disse que eu era "o cara". Me achei o Lula...

As vezes acredito que só banco o sujeito sociável como um personagem. Não sei se sou assim. Tem vezes que me considero mesmo aquela criança quieta, calada e observadora. Ao menos, ainda gosto de escrever.

Por isso quero escrever um livro. É só isso. Quero, desejo, almejo, planejo, mas nunca consigo. Cheguei a começar um, mas não consigo ir em frente. O motivo varia entre a crise criativa, falta de tempo, excesso de informação para absorver e excesso de atividades incluindo textos. Enfim, quase uma overdose de parágrafos.

Se já há tempo em fazer promessas para 2011, esta é a minha primeira: ler menos e focar mais no que quero escrever. A vida é curta e, por incrível que pareça, dá pra fazer quase tudo que a gente realmente quer. É só se organizar.

Franjhunio