Ó Paisagem nua, Dor! - Monólogos Franjhunio: janeiro 2009

domingo, 25 de janeiro de 2009


Além do Zimbábue e do Lesoto, existem outros países inúteis que estão no mapa só para fazer com que as editoras gastem mais tinta na hora de fazer um atlas. A América do Sul é um exemplo claro disso. Portanto, chegou o momento do Brasil sair por aí, anexando os nossos vizinhos sul-americanos pra ver se neguinho começa a respeitar a gente. E nós só lucraríamos com isso. Vejamos:
* Se anexássemos a Argentina, de cara já ganharíamos dois campeonatos mundiais e estaríamos na perspectiva de mais um, já que a Seleção deles é melhor do que a nossa. Além disso, teríamos estações de esqui e poderíamos passear na Patagônia pagando em reais. Mas o principal, o melhor de tudo, é que não existiriam mais argentinos…

* E o Uruguai? Bom, na verdade, ele seria reanexado ao Brasil. E, assim como a Argentina, acumularíamos mais dois títulos mundiais, atingindo o invejável e inalcançável octacampeonato!!! O único problema é que os comungas teriam que arrumar outro país pra fugir quando nossos milicos resolvessem dá outro golpe...

* Com a anexação do Paraguai acabaríamos de uma vez por todas com o contrabando. Todas aquelas tranqueiras e quinquilharias seriam brasileiras, evitando o transtorno dos sacoleiros tupiniquins na Ponte da Amizade. Em compensação, seríamos reconhecidos como os produtores do pior uísque do mundo...

* Chile, Peru e Equador garantiriam nossa saída para o Oceano Pacífico. Além disso, alguns pontos turísticos seriam "nacionalizados" como Macchu Picchu e a Ilha da Páscoa. Para completar, não precisaríamos importar os vinhos do Chile como Santa Helena e Tarapacá. E o negócio seria bom pra eles também: o território chileno ficaria muito maior e eles deixariam de ser conhecidos como o Marco Maciel da América do Sul. Seria necessário, porém, um plebiscito para que o nome do Peru fosse trocado, evitando assim qualquer tipo de trocadilho infame quando a região estivesse em evidência. Quanto ao Equador... Bom, o Equador é troco, né... Mas ele seria anexado já com o seu novo nome: Piauí do Oeste...

* A Venezuela é um lugar cujo futebol é o quinto na preferência do povo. Portanto, um país como esse não merece existir. Assim, também deve ser anexado. Lá tem petróleo, os caras são membros da OPEP. Com isso, poderíamos influenciar no preço do "preto que satisfaz"... Fora isso, pode separar a sua sunga de banho e uma cervejinha porque a Venezuela tem praias maravilhosas e pra completar fica perto de Aruba e Curaçao... Ou seja, uma maravilha...

* A Colômbia anexada resolveria um sério problema brasileiro: a soberania da Amazônia. Assim, os traficantes e os guerrilheiros das Farc não invadiriam o nosso território, pois já estariam nele...

* Guiana, Guiana Francesa e Suriname a gente poderia transformar em colônias do Amapá, em campo de pouso de disco-voador, em galinheiro... Quando nada, poderíamos transformar em estacionamento mesmo... Ah, e poderíamos mandar todo o pessoal do DEMO pra lá...

As idéias estão lançadas. Sigam-me os que forem brasileiros e foda-se a soberania dos povos!!!

Franjhunio

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Os Horrores da Bíblia - Parte I


Para quem gosta de histórias de horror, a Bíblia é um prato cheio. Escondido no meio de milhares de versículos podemos topar com cenas de arrepiar os cabelos.
Em Gênesis, por exemplo, encontramos um episódio, no mínimo, bizarro. Como todos sabem, Abraão foi o patriarca dos Hebreus. Com seu pai, sua mulher e seu sobrinho Ló, Abraão saiu da cidade de Ur, no baixo Eufrates. Encaminharam-se para Harrã, nas cabeceiras do mesmo rio, uma cidade santa dedicada ao culto de Sin, o deus-lua, o mais importante do panteão sumeriano. Depois, Ló se separou de Abraão e foi morar em Sodoma, a cidade do pecado.

Conta a Bíblia que, certa vez, Ló hospedou dois anjos em sua casa. À noite, alguns homens de Somorra bateram à porta de Ló e disseram-lhe que sabiam que ele tinha dois hóspedes e que eles, os homens de Sodoma, queriam ter relações sexuais com os visitantes. Quem duvidar que confira: Gênesis 19.

Ló ficou apavorado. Para acalmar os tarados, disse que tinha duas filhas virgens e que as daria para os homens, a fim de poupar seus hóspedes. Poderiam fazer o que quisessem com suas filhas.

Os homens de Sodoma não aceitaram a proposta e invadiram a casa. Então, os anjos cegaram os homens e mandaram Ló fugir de Sodoma, que seria destruída por Deus.

Os horrores continuam. Depois que fugiram de Sodoma, as filhas de Ló disfarçaram-se de prostitutas, embebedaram o pai com vinho e tiveram relações sexuais com ele, a fim de “preservar sua raça”. Das relações incestuosas nasceram Moab e Amon, patriarcas dos moabitas e dos amonitas, tribos árabes vizinhas de Israel.

Antes deste espetáculo grotesco, encontramos outra cena curiosa. O Deus bíblico de então, que ainda não tinha revelado seu nome aos hebreus (Jeová), disse a Abraão que iria destruir Sodoma. Assustado com a ameaça divina, Abraão pergunta a Deus o que faria se houvesse em Sodoma cinqüenta homens de bem. Deus disse que não destruiria a cidade, em respeito aos cinqüenta homens de bem. Abraão anima-se e começa a pechinchar com Deus. Pergunta o que Deus faria se houvesse apenas quarenta e cinco homens de bem. Deus atende à pechincha e diz que pouparia a cidade. Depois Abraão baixa para quarenta, e Deus concorda. No fim, Deus concorda em não destruir a cidade se encontrasse apenas dez homens de bem.

O que é assustador nesta conversa é a noção antropomórfica do Deus do Antigo Testamento. O Deus dos primeiros capítulos da Bíblia, embora seja todo-poderoso, criador dos céus e da terra, é uma figura humana, com pernas e braços, cabeça, e certamente uma respeitável barba. Possivelmente tem uma esposa e até uma residência que, de acordo com o velho testamento, é o Templo de Salomão, que, aliás, foi destruído por Tito Flávio Vesásiano há quase dois milênios.

Em outro local, depois que Adão e Eva cometeram o pecado original, sentem vergonha de Deus. Quando pressentem que Deus se aproxima, escondem-se dele atrás de um arbusto. Diz o texto sagrado que Deus estava aproveitando “a fresca da manhã”.

Este é o livro mais vendido no mundo, e o mais respeitado. Consta que foi escrito sob inspiração divina, como se o próprio Deus o tivesse escrito. Ele é tão respeitado que, em alguns tribunais, as pessoas fazem juramento com as mãos sobre a Bíblia. A explicação é simples. Embora a Bíblia seja livro mais vendido de todos os tempos, é também o menos lido.
Franjhunio

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A Morte como Plenitude do Ser



“Amanhã, e amanhã, e ainda outro amanhã arrastam-se nessa passada trivial do dia para a noite, da noite para o dia, até a última sílaba do registro dos tempos. E todos os nossos ontens não fizeram mais que iluminar para os tolos o caminho que leva ao pó da morte. Apaga-te, apaga-te, chama breve! A vida é apenas uma sombra ambulante, um pobre palhaço que por uma hora se espavona e se agita no palco, sem que depois seja ouvido; é uma história contada por idiotas, cheia de fúria e muito barulho, que nada significa.”
Macbeth, Ato 5, Cena 5, linhas 22-31 - William Shakespeare

Na escala do tempo da história da Terra a vida de um ser humano é um mero piscar de olhos. Nascemos, vivemos e morremos – e então não mais somos “lembrados”. A morte é como um sono sem sonhos do qual nunca acordamos, nossa consciência suprimida para sempre. Se esta vida é tudo o que se apresenta, qual é o seu sentido? Se estamos todos fadados a morrer de qualquer forma, que diferença faz o que fazemos nossas vidas? Podemos influenciar as vidas de outras pessoas, mas elas também estão condenadas à morte. Em algumas poucas gerações a maioria de nossas realizações será totalmente esquecida, a memória de nossas vidas reduzidas a um mero nome entalhado numa lápide ou escrito numa árvore genealógica. Em alguns séculos até nossas tumbas se tornarão ilegíveis pela ação do tempo, restos de ossos serão tudo o que restará de nós. Exceto pela fossilização, até estes ossos serão desintegrados e nada de nós restará. Tudo de que fomos feitos será absorvido por outros organismos – plantas, animais, e até outros seres humanos. Novas espécies aparecerão, florescerão e desaparecerão, rapidamente substituídas por outras que preencherão o nicho deixado pela sua extinção. A humanidade também sucumbirá à extinção. Toda a vida na terra será varrida quando nosso sol moribundo tornar-se uma gigante vermelha, engolindo então a Terra. Finalmente, o universo tornar-se-á incapaz de permitir a existência de qualquer tipo de vida devido à sua eterna expansão, deixando apenas calor residual e buracos negros, ou senão se contrairá novamente unindo toda a matéria e energia num único Grande Buraco Negro. De qualquer forma, toda a vida no universo desaparecerá para sempre.


Essas considerações uma vez levaram Bertrand Russell a concluir que qualquer filosofia da qual valesse a pena falar seriamente teria de se fundamentar numa “fundação firme de incontrolável desespero”. A morte torna a vida sem sentido? Apesar de muitas pessoas acharem que sim, um momento de reflexão irá mostrar que a morte é irrelevante para a questão do sentido da vida: se os seres humanos fossem naturalmente imortais – isto é, se não houvesse nada parecido com a morte – ainda assim a questão sobre o sentido da vida persistiria. A afirmação de que a vida é sem sentido porque termina em morte relaciona-se com a afirmação de que tudo o que tem sentido precisa durar para sempre. O fato de muitas das coisas às quais damos valor (como o relacionamento com outras pessoas) e atividades que achamos valiosas (como trabalhar numa campanha política do PT) não durarem para sempre mostra que a vida não precisa ser eterna para ter sentido. Podemos mostrar também que a vida não precisa durar para sempre para ter algum sentido através de exemplos de vidas que duram para sempre e são inúteis. Na mitologia grega Sísifo é punido pelos deuses por ter dado conhecimento divino aos humanos. Sua punição é ser forçado a rolar uma enorme pedra até o topo de uma montanha. Assim que a pedra chega ao topo, ela é rolada novamente até a base da montanha. Sísifo está condenado a repetir esta tarefa inútil por toda a eternidade. A duração de nossas vidas nada tem a ver com elas terem ou não sentido. É irônico que tantas pessoas não tenham atentado para este ponto já que a punição eterna contida em O Mito de Sísifo de Albert Camus é o arquétipo da existência inútil.


A morte aparenta significar a falta de sentido da vida para muitas pessoas porque elas sentem que não há motivo em desenvolver o caráter ou aumentar o próprio conhecimento se nossos progressos serão em última instância tomados pela morte. Entretanto, há um motivo para desenvolver o caráter e desenvolver o conhecimento antes da morte nos alcançar: dar paz e satisfação intelectual às nossas vidas e às vidas daqueles com quem nós nos importamos, porque perseguir estes objetivos enriquece nossas vidas. Partir do fato de que a morte é inevitável não implica dizermos que tudo o que fazemos não faz diferença. Pelo contrário, nossas vidas têm grande importância para nós. Se elas não tivessem, não acharíamos a idéia de nossa morte tão desesperadora – não faria diferença se nossas vidas iriam acabar ou não. O fato de irmos todos morrer algum dia não tem correlação com a questão de nossas atividades valerem ou não a pena aqui e agora: para um paciente doente num hospital os esforços de um médico em aliviar sua dor certamente importam, independentemente do fato de tanto o paciente quanto o médico (e em última análise todo o universo) acabarão morrendo algum dia.

Mas o que faz com que tantas pessoas sintam que suas vidas, em última análise, são inúteis? O fato de que todos nós um dia iremos morrer é uma razão para este sentimento, mas não é a única. A outra razão para que tantas pessoas sintam que a vida não tem sentido é que, até onde a ciência pode mostrar, não há nenhum propósito maior para nossas vidas. Uma visão científica do mundo retrata a origem dos seres humanos como “o resultado da colocação acidental de átomos”. Tanto individual quanto coletivamente, seres humanos vieram a existir devido a probabilidades. Como indivíduos, nossa existência foi possível devido ao sucesso reprodutivo de nossos ancestrais; como espécie, nossa existência foi determinada pelas mutações que acabaram por conferir uma vantagem adaptativa a nossos ancestrais evolutivos no ambiente em que se encontravam. Devido ao fato de não podermos discernir qualquer indicação de que fomos postos neste planeta para servir a um propósito dado a nós por um ser inteligente, nossa existência não parece fazer parte de nenhum plano maior. Se a ausência de um propósito maior é o que faz a vida ser em última instância sem sentido, nossas vidas seriam igualmente inúteis se fossem eternas. Da mesma forma, se fazer parte de um propósito maior desse às nossas vidas um sentido, então nossas vidas teriam sentido mesmo se a morte acabasse com elas para sempre.
Será realmente o caso, entretanto, que a ausência de um plano maior para nossas vidas tornaria a vida sem sentido? Aqui, também, um momento de reflexão mostrará que a falta de um propósito maior na vida é irrelevante para o seu sentido. Como um propósito maior para nossas vidas lhes daria um sentido? Suponha, por exemplo, que venhamos a descobrir que milhões de anos atrás extraterrestres manipularam geneticamente os hominídeos para produzir uma espécie mais inteligente, adequada para suas necessidades de trabalho escravo e estes extraterrestres ainda não voltaram a Terra para nos escravizar. Neste caso, nossa existência seria parte de um plano maior e daria um sentido às nossas vidas para os extraterrestres, mas isto não daria sentido a elas para nós. Sermos parte de um plano divino pode apenas dar sentido a nossas vidas se aceitarmos nosso papel no tal plano como importante para nós. Além disso, enquanto formos ignorantes a respeito de num suposto plano maior para nossas vidas – e certamente somos ignorantes a esse respeito –, não temos como saber qual é o nosso papel neste plano e, portanto, ele não é capaz de fazer nossa vida ter sentido. Nossas atividades são válidas por elas mesmas, e não porque atendem a algum propósito transcendental desconhecido.


Estas considerações mostram que nós devemos criar nosso próprio sentido para nossas vidas, independentemente de essas vidas servirem ou não a um propósito maior. Se nossas vidas têm ou não sentido para nós depende de como as julgamos. A ausência ou presença de algum propósito superior é tão irrelevante quanto à finalidade da morte. A alegação de que nossas vidas são “em última análise” inúteis não faz sentido porque elas teriam ou não sentido independentemente do que fizéssemos. Questões sobre o sentido da vida são questões sobre valores. Nós atribuímos valores para coisas na vida em vez de descobri-los. Não pode haver sentido na vida senão aquele que criamos para nós mesmos, pois o universo não é um ser consciente que pode atribuir valores para as coisas. Mesmo se um deus consciente existisse, o valor que ele atribuiria às nossas vidas não seria o mesmo que nós atribuiríamos e, portanto, seria irrelevante.

O que faz nossas vidas terem sentido é acharmos que as atividades que fazemos valem à pena (mesmo que não valha nada). Nossa determinação para levar adiante projetos que criamos para nós mesmos dá sentido às nossas vidas (mesmo que os outros não dêem valor). Sentimos que a vida é inútil quando a maior parte dos desejos que julgamos importantes é frustrada (mesmo que outros acham que aquilo foi melhor para você). Achar nossa vida importante ou não depende de quais objetivos importantes são frustrados. O julgamento que fazemos de nossas vidas nestes pontos é igualmente independente de a vida ser ou não eterna ou de ela fazer ou não parte de um propósito maior. Talvez o segredo de uma vida com sentido seja dar importância a aqueles objetivos que podemos atingir e minimizar aqueles que não podemos – desde que saibamos a diferença entre eles.

Franjhunio

domingo, 4 de janeiro de 2009

A vida continua


Pois é! Mais um ano se inicia e com ele, como de praxe, parece ter vivificado mais uma perspectiva de dias melhores, mesmo num mundo que teima em não ruir em face da recessão mundial, um otimismo de merda, barato, sem amparo nem fundamento, que se alimenta do tradicionalismo babaca e de um sentimentalismo néscio, sub-produto do 13º salário. Realmente, há de se ter muito estômago nestes primeiros dias do ano, p.e., hoje, logo cedo, quando saí de casa, um vizinho desavisado veio me desejar um feliz ano novo e tal... eu respirei fundo e mudei de assunto e começamos a dialogar. Eu nem precisei demorar muito tempo para perceber que aquele desejo ardente de dias melhores, não passava de uma angustiante torcida para que sua vida mudasse da água para o vinho, num toque de mágica sob a égide do mínimo esforço. Como se um novo big bang viesse transformar nossas vidas. Assim caminha a humanidade: fazendo planos sem agir em conformidade com os anseios. Deve ser igual à prostituta arrependida que a cada programa, diz ser este o último, até que a necessidade bate-lhe a porta e ela se vende de novo e mais porcamente. Eu particularmente não sou de fazer planos. Também, não sou dado a conseguir realizar os meus intentos a longo e médio prazo. Na minha vida tudo foi de imediato. Não adianta prognosticar. Isso pode ser um defeito. Mas, nunca cogitei ser perfeito. E por momento, isso me basta. Prefiro viver igual ao curso do rio. Tranqüilo e perene. E quando subitamente qualquer impercílio atrapalhar o curso natural, simplesmente mudar o transcurso ou mais simplesmente ainda, contornar o obstáculo para voltar à mesma trajetória. Prefiro isso que a frustração do tentar, tentar e tentar... sem nunca consegui. Não quero defender com isso um certo ar fatalista, longe de mim. Chamo isso de meu jeito cético de ser. Prefiro conclamar um pessimismo latente a um otimismo inócuo. É por isso que para 2009 espero tudo de ruim. A natureza humana, por si só já é malévola, por que eu, ainda assim, haveria de esperar coisas boas? Na história do homem o bem e do mal sempre guerrearam. O bem somente prevaleceu nos casos onde os envolvidos transcendiam a um extramundo para justificar a razão das boas ações e detrimento às más. E estes invariavelmente sofriam como mártires que anteviam uma bem aventurança em troca da ação antinatural de praticar o bem. Pois, até hoje, praticar o bem é agir contra a natureza. Ora pois, se o caráter do bem não faz parte da natureza humana em sua gênese e se para até mesmo justificar a prática do bem os homens tiveram que inventar um ou vários deus(es), que depois foram, em algumas tradições, cruelmente morto(s) pelo próprio homem, por que eu, demasiado humano, haveria de esperar algo de bom de 2009 só por causa do reveillon? Prefiro aguardar o mal, e se o bem vier, receberei ativamente, aproveita-me do meu espírito imediatista, tirando pleno proveito do que pertinentemente for. Mas, por favor, não quero mais ouvir essa baboseira de feliz ano novo, que 2009 seja repleto disso e daquilo... Pois se depender dessas felicitações, por melhores que sejam, eu vou tá mais é fudido. E a vida continua...

Fjunior