Ó Paisagem nua, Dor! - Monólogos Franjhunio: abril 2008

segunda-feira, 28 de abril de 2008

O SEGUNDO PRISIONEIRO - a HiSToRia SeCReTa da PHiLoSHoFia - PARTE II


Pois bem, o desdentado ao meu lado, além de mostrar-se demasiadamente esbelto e corado, mesmo vivendo em uma caverna fedida e mal iluminada, falava de coisas que simplesmente eu não entendia o que me fez senti como um asno. Falava comigo em tom de segredo, quase sussurrando, para que ninguém ouvisse o que ele tinha a dizer. Revelou-me que tudo que acreditávamos não passava de mera especulação, sombras de uma realidade que não estava ao nosso alcance, nem nunca estaria, se não mudássemos de atitude. Sei não, mas quando ele me disse estas palavras, senti como se estivesse lendo um livro de auto-ajuda... “mudar de atitude”... esse conselho é igual a um “pretinho” básico, combina com tudo nesta vida...

Enfim, ele disse que tudo o que sabíamos da vida tinha relação direta com os nossos sentidos, mas que os sentidos, tal como são, não nos revelam tudo a respeito de nós mesmos, nem do outro nem do mundo, revela-nos apenas o reflexo do que as coisas realmente são. Confesso que achei aquilo tudo muito estranho... via estrelas a cada sentença que ele dizia. Como tive vontade de fumar hunzinho, mas... Sentia que ele confiava em mim, como se tivesse planos a meu respeito. Pensei que ele era mais um pederasta... Dizia ele que a vida lá fora possuía cores, aromas, formas completamente diferente daquilo que nós conhecíamos. O que julgávamos serem monstros, não passavam de sombras... E a luz que julgávamos possuir o poder de nos ferir, não era nada, em comparado com a grande luz emanada pelo astro que os outros chamavam de sol... Quando aquele cretino se referiu aos “outros”, me senti em um episódio de Lost, no corpo de Rodrigo Santoro, e pensei que nada daquilo tinha o menor sentido.

Mandei que ele calasse aquela boca fedida e disse que não passava de um maluco. Confesso que perdi as estribeiras. Gritei que ele enlouquecera e que para ele apenas restava à morte, uma morte rápida. Os companheiros tomaram parte da querela. A meu favor, é claro. E como ninguém mais agüentava aquela fedentina em forma humana, que agora excretava até pensamentos, concluímos que era chegado o fim. À medida que eu e meus companheiros arquitetávamos uma forma de entregá-lo ao hades, ele simplesmente pedia perdão aos deuses por nossa ignorância! Por deus, aquele filho de uma égua manca achava-se melhor que nós... Pior achava-se um messias! Como eu o odiei por isso... e quanto mais nós repudiávamos aquele ser, mais pena ele dizia que sentia de nós. Isso era o cúmulo do absurdo. Naquele momento fomos forçados a partir para a ignorância. Lembro-me que levantamos aquele corpo fedido pelos braceletes que o prendia à caverna. A brutalidade do ato fazia que grandes chagas fossem abertas à altura dos punhos e dos tornozelos. Ele não chorava, nem gritava, apenas nos olhava como um semblante de redenção e dó. Todos os prisioneiros cuspiram em seu rosto, que ficou desfigurado de tanta catarrada. O sangue pingava no chão. Meus companheiros aproveitaram aquele momento para extravasar todas as suas frustrações naquele corpo inerte. Foram desferidos socos e pontapés. O som abafado que julgávamos escutar não era de seu gemido e sim de seu cínico riso, que enfurecia ainda mais a mim e a meus companheiros. Alguém cansou de bater com as mãos. Paus e pedras foram alçados e a tortura apenas começara. O grito de um barbudo maltrapilho tirado a merda ecoou na caverna: “quem nunca errou que atire a primeira pedra”, e um jovem companheiro mais impetuoso, despontou uma pedrada no meio da testa do moribundo, e exclamou com ar solene: “nunca erraria a esta distância, meu caro”. O sangue escorreu de sua testa imediatamente, e daí, outras pedradas foram desferidas violentamente, acertado, sobretudo a cabeça e o tronco do imbecil. O cheiro de sangue, próximo ao aroma de ferro, se confundia com o cheiro agre das fezes e urina que empesteava o local.

Naquele momento, eu já possuía no íntimo certo constrangimento. Primeiro por não ter sido fiel ao cara que havia me confiado um segredo. E segundo, por ter sido eu o culpado direto pela execução de um companheiro, um companheiro esquisito, mas companheiro. Tentava eu, em vão, consolar-me com o pensamento comum de que aquilo era merecido. Afinal, quem era ele para julgar-nos? Por que logo ele teria a respostas para as nossas mais contidas dúvidas? Por que não um príncipe de olhos verdes e corpo helênico para nosso salvador ao invés daquele traste? Eram tantas as perguntas que passavam que minha cabeça, que quase não pude perceber o sangue daquele energúmeno nos trapos em que eu vestia. Agora, não apenas as minhas mãos estavam sujas de sangue...

Parece que eu tinha entrado por alguns estantes em um estado de transe... Subitamente, porém, voltei à normalidade. E fui tomado de uma grade repulsa. O corpo do destrambelhado estava inerte ao chão, quer dizer, o corpo não, o que restou do corpo. Os membros haviam descolado do tronco e a cabeça não tinha mais a mesma forma redonda tão peculiar aquele cabeça de ovo. A única coisa que parecia intacta era o olhar, não exatamente o olhar, mas o olho, já fora da órbita, que mesmo em meio àquele absurdo, reluzia um pequeno brilho, diabólico e angelical ao mesmo tempo. Os meus companheiros, aquela altura, tinham exaurido as suas forças. Estavam exaustos. Afinal de contas, tinham se esforçado muito. Pinochet teria tido muito orgulho deles e de mim...

O que restou do corpo foi retirado pelos companheiros mais carniceiros. A cena era terrível, deprimente para dizer a verdade. Eu fui o algoz daquele homem e me sentia culpado por tudo aquilo. Ora, o que um simples mal entediado podia gerar! No entanto, parecia que o remorso só havia tomado conta de mim. Todos os outros nada comentavam, ou melhor, voltaram à velha vidinha inútil, contemplando as sobras no paredão e disputando cada bocado de comida e água que surgiam às migalhas. Tentei dormi. E sonhei. Sonhei com objetos que nunca vira. Cores jamais imaginadas. E uma grande luz que me deixava cego. Nos meus sonhos também apareceu um homem barbudo, com muitos seguidores, e que dizia coisas interessantes para os seus interlocutores, em forma de alegorias e parábolas. Ele dizia coisas como: “eu sou a luz das estrelas” e “eu sou o início, o fim e o meio”, acho que ele se dizia o filho do homem. O nome desse cara estranho parece-me, era Raul Seixas...

Tive um sonho, porém, que me intrigou ainda mais. Sonhei que os deuses haviam me condenado a outro castigo. Eu agora era forçado a empurrar sem descanso um rochedo até ao cume de uma montanha, de onde a pedra caía de novo, em conseqüência do seu peso. Tinha eu pensado, com alguma razão, que não há castigo mais terrível do que o trabalho inútil e sem esperança. No entanto, enquanto descia ao pé da montanha para apanhar novamente o rochedo, era o companheiro que eu havia condenado a execução que eu via, e ele me ajudava a levantar o rochedo, para que eu retornasse ao cume.

Eu não sabia, mas ele foi realmente de grande ajuda para tudo mais que estava por vir... e veio...

... continua...

sexta-feira, 25 de abril de 2008

O SEGUNDO PRISIONEIRO - a HiSToRia SeCReTa da PHiLoSHoFia - PARTE I


Eis que me lembro dos acontecimentos que giraram em torno de minha vida, de maneira muito clara, como se estes tivessem acontecido ontem, se bem que, do que aconteceu ontem, não pareço lembrar-se com tamanha nitidez... o certo é que estávamos todos como sempre, eu e meus coitados irmãos, na velha e caótica morada subterrânea onde depositávamos nossos corpos. A vida e a existência havia nos presenteado adversamente com a triste realidade que vislumbrávamos: uma fétida caverna, sem conforto, sem comida, quase sem bebida, enfim sem alegria, sem perspectiva, sem mulheres, se bem que este último, nós nem sentíamos muito falta, pois mesmo tão desafortunados, ainda éramos contemplados com nossas mãos e o adequado comprimento de nossos braços...

O calor era invariavelmente intenso, como se estivéssemos numa grande estufa, e consequentemente o cheiro, quer dizer, o fedor do suor alheio permeava-nos as narinas. Tal fedor em muito se justificava pelo fato de não termos como fazer do banho um hábito diário. Tomávamos banho quando chuvia muito a ponto de a água envadir nossa caverna sem dó nem piedade. Na verdade, mal tínhamos o que beber durante boa parte do ano. A água que tínhamos era fruto das águas que desciam caverna adentro nos dias de temporal e que traziam consigo além da água lamenta, folhas, carcaças de animais, e toda espécie de putrefação externa que tínhamos direito e que aceitávamos como benignidade dos deuses, isso, sem mencionar, a merda diária que fisiologicamente também éramos produtores. Mais felizes éramos quando tais águas simplesmente minavam das paredes de pedra maciça nos outros períodos. Essas águas formavam um pequeno e não menos fedido lago lamento no fundo da caverna.

Eu e meus companheiros estávamos desde a tenra idade naquele recinto. Logo, quando muitos jovens, fomos privados da realidade exterior àquela caverna, só tínhamos lembrança das experiências vividas em comunidade na caverna. Não sabíamos ao certo se havia alguma realidade fora da caverna, pois para nos “o fora” simplesmente não representava sentido algum.

Para que não corrêssemos risco de fugir da caverna, nossos algozes, os deuses, (veja que imaginação a nossa), haviam providenciado fortes correntes para nós, onde com “coleiras” estávamos acorrentados no pescoço, feito cão que não se comporta direito com seu dono e que sai cagando tudo, com “braceletes” em ambos os punhos e tornozelos, de modo que mal podíamos nos mexer. Desgraçadamente, tais apetrechos de terror causavam terríveis feridas, que em sendo mal tratadas, criavam notáveis cicatrizes. Curiosamente isso servia de entretenimento. Na falta do que fazer competia divertidamente uns com os outros em duas modalidades: o da maior cicatriz e o da mais bela (na verdade mais feia e infeccionada) ferida, pereba, como gostávamos de nos referir às chagas menos aneláveis. Os ganhadores eram presenteados com uma quantidade maior de água, e quando enfim tínhamos o que comer, estes eram os primeiros a participarem do bocado.

Diante da triste realidade que constatávamos em adição a ociosidade de nossas vidas, apenas restava olhar, com certa medida de meditação e resignação, para a parede que jazia a nossa frente, como se fosse uma tela de cinema. Devido a uma fogueira acessa por traz de um grande muro que havia atrás de nós, víamos as projeções de alguns artefatos que transeuntes desconhecidos traziam amarrados à cabeça, e que devido a luz projetava sombras no paredão. Nunca, absolutamente nunca nos virávamos para a fogueira, pois intuímos a idéia que se assim fizéssemos imediatamente ficaríamos cegos.

Cada projeção ali apresentada, embora não soubéssemos a razão de sua existência ou fonte, assumia para nós as aspirações de nossos sonhos, até os mais contidos e eróticos. Lembro-me que certa vez, um de nossos companheiros, de nome Wehadinho que já contava uns 40 anos de cárcere, chorou emotivo ao vê projetado na parece algo que se parecia com um pepino, que quando projetado, assumia ares de grandeza e estirpe avassalador. Interrogado por mim sobre as razões que o levava a chorar afeminadamente, ele respondeu com aquela língua pressa, a ele tão peculiar:
- Menino, é que com esta imagem membruda, me faz recordar de um antigo bofe, que ficava acorrentado ao meu lado no canto da caverna...
- E ele representou assim tanto para você?
- Claro que sim! Nós éramos muito íntimos...
- Sei... e o que aconteceu com ele?
- Morreu... pegou infecção no pinto. Como ele era muito travesso, acabou comendo o que não devia e...

(Chega de viadagem) De qualquer forma, tais projeções se somando a nossa miserável vida e as lastimáveis condições, correspondiam bem às nossas perspectivas e nossa realidade. Embora nosso cotidiano parecesse demasiadamente tedioso, para nós tudo era compreensivelmente aceitável. Nossa miséria era bênção dos deuses... nossas doenças eram benções dos deuses... nossa ignorância era bênçãos dos deuses, nossa falta de higiene e o péssimo odor de nosso lar era uma puta falta de vergonha dos deuses que praticam verdadeiras orgias no Olimpo e ainda nos prendiam nesta porra de caverna com mãos de pés atados...

Além das sombras, ouvíamos vozes, que desconfiávamos não serem as nossas. Essa dedução nos parecia lógica partindo do princípio de que mesmo quando todos nós estávamos calados, ainda assim elas se pronunciavam. “Seriam fantasmas?”, se interrogavam alguns. Mas essa suposição nos parecia muito estúpida, pois, afinal, vivendo sob aquelas condições, e ainda acreditar em porra de fantasma, era forçar a barra para as coisas serem ainda piores. Se for para acreditar em baboseiras, bastava crê nos deuses.

Enfim, nada parecia mudar, quando por mero acaso, um companheiro que estava ao meu lado direito, me falou em tom baixo, quase imperceptível que havia descoberto algo de novo que poderia transformar as nossas vidas. Lembro-me que primeiro me incomodei com o péssimo hálito dele (algo que parecia o fedor de um macaco morto a tapa). Disfarcei, tentando manter a educação, falando com ele sem respirar pelo nariz. Desta maneira, fui poupado de sentir o cheiro, ou melhor, fedor de cadáver que saia de sua boca. Ora, mesmo sem conhecer ao certo o que era a lua, eu já encarava aquele meu colega de agonia como um lunático, um maluco mesmo. Todos evitavam contato como ele, não somente por causa de seu mau hálito, mas também, porque ele sempre teve idéias esquisitas...

continuação...

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Morte aos animais de pelúcia

Depois da reprimenda promovida por uma de minhas leitoras, que me acusou de ser “uma pessoa que pensa estranho e que parece um velho bem rabugento formado em Filosofia”, resolvi, pelo menos por hoje, não falar de criaturinhas animadas que causam comoção e sim das inanimadas, que ainda não possuem um órgão de defesa de seus interesses... refiro-me aos bichinho de pelúcia...

Nunca tive um bichinho de pelúcia. Nunca vi graça nenhuma neles. Também nunca entendi o fascínio que as mulheres têm por esse brinquedo. Mas minha rejeição a ele não me levou ao ponto de me recusar a compactuar com essa indústria. Quer dizer, se uma mulher em quem eu estivesse interessado chegasse para mim e falasse que queria ganhar um CD de funk ou um livro do Paulo Coelho, eu pensaria: "Opa, amigo pênis. Lamento, mas não vai dar para te satisfazer. Não vou comprar lixo só para você aí em baixo se dar bem. Pode ser que um dia você tenha essa garota, mas vou avisando que não vou me esforçar para isso acontecer''. Já se ela falasse que queria um cachorrinho de pelúcia, tudo bem. Vou comprar um negócio que não vai ter utilidade nenhuma, mas pode valer à pena. Sim, porque tirando o fato que eles servem para ajudar a pegar mulher, os bichinhos de pelúcia são realmente inúteis para quem não é criança. Quando eu comprava Falcon, Playmobil ou Comandos em Ação, eu usava os brinquedos à beça. Inventa mil histórias com os bonequinhos. O mesmo devia acontecer com as meninas que compravam Barbie. Mas vai me dizer que uma mulher com 18 anos na cara, e na bunda, fica brincando com o bichinho de pelúcia? Você consegue imaginar uma mulher desligando a TV ou desmarcando uma saída para ir brincar com o bichinho de pelúcia? A única vez que vi uma mulher brincar com um deles foi num filme da Cicciolina. Mas poupe-me dos detalhes sórdidos...

O. K. Não vou pedir para ninguém botar a mão na consciência e parar de comprar de presente um negócio que fica depois jogado em cima da cama ou esquecido dentro de um armário. Pois o brinquedo pode levar nós, homens, a ganhar outro tipo de bichinho de pelúcia mais interessante e vivo, se é que vocês me entendem. Mas não tem mulher no mundo (ainda mais hoje, muito bem casado) que me convença a comprar um certo tipo de bichinho de pelúcia: miniaturas de animais que não têm pêlo em sua versão real. Isso eu não suporto, não compreendo e não vou tolerar mais. Por que diabos alguém faz uma orca de pelúcia? Porra, orcas não têm pêlos! Tartaruga de pelúcia. Caralho, tartaruga não tem pêlo! Não faz sentido! Eu acho que as mulheres vêem um tigrinho de pelúcia e pensam (na verdade, deve ser o inconsciente pensando): "tigres têm um pêlo lindo, mas são animais ferozes e perigosos. Mas esse aí pode ser meu. Posso dominá-lo e alisar seu pêlo na hora que eu quiser. Ele não poderá fazer nada. Nada. Nada! Há, há, há...". A teoria deve valer para ursos, leões e outros animais que são bolados com a raça humana e não hesitam em nos destroçar se dermos mole perto deles. Com um cachorrinho de pelúcia, as mulheres devem pensar assim: "Ai que bonitinho, dá vontade de abraçar... Parece um cãozinho de verdade, com a vantagem que não vai me dar trabalho para cuidar. Sem xixi, sem fedor, sem cocô... Amor, compra pra mim aquele cachorrinho? Custa só R$ 45". A teoria vale para gatinhos, coelhinhos, cavalinhos, porquinhos, vaquinhas e todos os outros animais que se deixam usar pelo pessoal munido de polegar opressor.

Mas o que passa pela cabeça de alguém que quer uma tartaruga de pelúcia? Ela vai fazer carinho no brinquedo? Por quê? Ela gostaria de fazer carinho numa tartaruga de verdade? Que tipo de gente tem vontade de fazer carinho numa tartaruga, um bicho todo encouraçado que não entende o que você fala, não acompanha a gente pela casa e ainda por cima come cocô com o maior prazer. Uma vez vi num quintal um cágado comendo um cocô enorme enquanto um cachorro latia para ele num misto de terror e reprovação. Ficou claro para mim nesse dia que as tartarugas (cágado, jabuti, é tudo a mesma coisa) estão escadarias abaixo na escala evolutiva, pois levam esporro de cachorro). Mas mesmo se tartaruga não comesse merda, o que é atraente nela? O que te dá vontade de fazer carinho? Nada. Então por que comprar uma tartaruga de pelúcia? Mas a insignificância dos jabutis nem importa tanto. A questão fundamental é que tartarugas, golfinhos e orcas de pelúcia são uma fraude. São uma falsidade ideológica. São aberrações entre os brinquedos. E é uma anomalia de caráter querer ter um deles.

E tenho dito...

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Direito dos animais é o caralho


Amigo leitor, eu e você fazemos parte do topo da cadeia alimentar. Por possuirmos um cérebro vagamente mais evoluído que o dos macacos e por termos o advento do polegar opositor, estamos por aí, construindo prédios, andando em automóveis e sendo roubados por políticos.

Apesar disso, algumas pessoas, talvez por não terem cérebros tão evoluídos, ou talvez por não possuírem polegares opositores, insistem em algo chamado 'direitos' dos animais. Os únicos direitos que um animal deveria ter são os de servir de alimento para os mais evoluídos (eu e você, caro leitor!), servir como fonte de calor através de casacos para as peruas, ajudarem na ciência na forma de cobaias, e o de permanecerem calados.

Entre um latido e outro, infelizmente, alguns seres humanos se juntam, reclamando os famigerados direitos dos animais. São os chamados amantes dos animaizinhos, a máfia da macrobiótica, a gangue da alface, as eco-barangas engajadas. Uma turminha muito da desagradável, que não pode ver uma celebridade com casacão de pele, nem sentir um cheirinho de churrasco que já começa a ter chilique. Darwin teria vergonha dessa gente.

Me surpreende que uma parte desses inúteis fale que é vegetariana com a boca cheia de peixe. O termo 'frutos do mar' deve causar alguma confusão na combalida mente dessa camada derrotada da sociedade contemporânea. Provavelmente culpa da pouca ingestão de carboidratos e proteína.

Quando eu falo que o espinafre é tão ser vivo quanto um boi, ainda que bem menos suculento, nego ainda tem a audácia de dizer 'ah, mas espinafre não sente dor'. Essa gente devia ser apresentada aos milagres de uma anestesia.
Ou defenderem o uso de anestésicos nos matadouros, ao invés dessa viadagem de não comer carne por questões filosóficas.

Mas também, que se danem esses chatos. Gente que faz até da sua refeição uma questão ideológica não merece respeito de ninguém. No máximo, uma surra.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Bill Gates Seja Louvado... o senhor está com vós


Prólogo
Glorificado pela nova religião ocidental predominante - o consumismo - Bill Gates, nerd criado pela avó, filho de mãe virgem e pai desconhecido (bom, pelo menos foi o que a avó contou pra ele até os 16 anos, quando descobriu que a mãe era uma puta rampeira que engravidou numa suruba com 5 caras), sempre acreditou que apesar daquela cara de mongol tinha dentro de si uma luz que poderia mudar o mundo. Realmente Bill estava certo...houve uma luz...uma luz azul...em todos os computadores do mundo. Ele levou a dúvida o¬nde havia certeza e levou erros o¬nde haviam acertos e tudo travou.... porra perdi o arquivo! Caralho... Ele mudou o comportamento das pessoas. E então...Bill Gates, nerd de família pobre se tornou Deus.

Capítulo I - A Gênese
Seu primeiro filho, vindo da lama, ele batizou ADÃO 3.11. Ele estava orgulhoso, porém faltava alguma coisa. Mas ADÃO 3.11 estava solitário no mundo. Estava cansado de jogar paciência e campo minado sem ter nada mais interessante pra fazer e precisava urgente de uma companhia. Então Bill rompeu o himem.sys e criou a EVA 95. Eva era totalmente diferente de ADÃO 3.11 porque se desse pau, ela poderia tomar sozinha a iniciativa de abortar...ou anular e até mesmo repetir, se assim o quisesse. É claro que EVA 95 era bonita, mas como toda mulher, toda hora dava problema. Então Bill parou e pensou: Porque eu não junto a inteligência de ADÃO 3.11 com a beleza de EVA 95? E dessa sacanagem armada por Bill Gates nasceram CAIN 98 e ABEL 98 SE. Só que os irmão se odiavam. CAIN 98 sentia um profundo rancor e inveja do seu irmão caçula ABEL 98 SE, pois assim que CAIN 98 nasceu, passou a maior vergonha do universo dando pau (no bom sentido) na frente de milhares de empresários e investidores, o que fez Bill Gates criar ABEL 98 SE, sem bugs e com menos erros.

Mas o erro fatal de CAIN 98 não foi apenas no seu Explorer, mas sim na vingança que armou para o irmão. Certa noite, enquanto ABEL 98 SE passeava pelo jardim, CAIN 98 preparava a tocaia empunhando sua adaga (para vc que não sabe, faca, punhal), mas graças a Bill Gates o crime não foi realizado, pois na hora do golpe fatal CAIN 98 travou, como era de se esperar, e nem o Scandisk conseguiu salvá-lo.

Isso fez com que ABEL 98 SE pudesse se proliferar e ocupar todos os computadores do mundo. Mas claro que nem todos são a favor de Bill Gates. Satanás por sua vez preparou vários clones para derrubar a glória de Bill Gates. Apareceram OS2/Warp, Linux, Macs e outras maldições, mas felizmente o mal foi derrotado e reduzido a poucos usuários que ainda insistem em oferecer suas almas e HDs para Satanás.

Capitulo II - As Vilanias de Satanás

Por muito tempo a paz reinou entre os computadores do planeta até que um enviado de Satanás enviou um e-mail para São Pedro: "Na virada do ano de 1999 para 2000 todos os computadores do mundo se acabarão por um erro de seu deus. O bug do milênio vai arruinar a economia, destruir planos de vida e acabar com o reinado de Bill Gates, e aí eu triunfarei,ah ah ah ah ah k k k k k k !". O planeta entrou em colapso, muitos enlouqueceram, outros se suicidaram apenas por imaginar o mundo sendo destruído por seu próprio deus e ver Satanás triunfar sozinho. Então chegou o grande dia, no reiveillon de 99/2000, enquanto o mundo enchia a cara de Cidra Cereser e jogavam flores no mar para Yemanjá, milhares de nerds se concentravam no que seria o armagedom (guerra santa de deus, ignorante). 5...4..3..2..1..0!!!!!!!!!!........ ...................... ........................... ......................... .................... "Filho da puta!! Eu aqui quase enlouquecendo por causa de uma trapaça de Satanás!!" - Disse um discípulo de Bill Gates, revoltado pois havia perdido uma suruba na casa de uns amigos em Feira de Santana e não havia acontecido absolutamente porra nenhuma com os malditos computadores. "Então tudo não passou de uma intriga de Satanás para colocar meu poder em dúvida!" - Exclamou Bill Gates. - "Ele terá o troco!"

Capítulo III - Revanche
E Bill Gates ficou algum tempo longe da mídia preparando seu plano vingativo. E então lançou no mundo vários de seus filhos, um seguido do outro NT, 2000, ME e por fim o XP. Com isso Bill Gates reafirmou seu posto de senhor do universo obrigando os milhões de usuários do planeta a usarem seus produtos. E para acabar com os problemas de licença para utilização, o todo poderoso Bill, criou, o sétimo dia produtivo, o W. Narcísio Vista, sucessor do XP, que abusa do poder gráfico e, portanto, está recheado de efeitos, inovações visuais, design caprichado, além de muitas novidades. Narcísio Vista, porém, envaideceu seu próprio coração por conta de sua beleza e pompa, sendo que neste sentimento, Satanás viu a oportunidade de sacanear mais uma vez deus. E Narcisio mesmo mais moço, robusto e bonitinho, em operação, trava, trava e trava (porra, travou de novo), e é incompatível com uma porrada de sistemas, não opera bem na rede, e sacaneia o podre usuário sem recurso.... Windows vista, bonitinho, sob a mão poderosa de deus Bill, mas ordinário, fudido, sai de retro Satanás...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

EU ADORO OS EVANGÉLICOS...


Não sei porque, mas no Brasil os evangélicos são mais discriminados do que os muçulmanos. Alguma novela das oito já romantizou a vida de um discípulo da Igreja Universal? Ficam fazendo propaganda daquele povinho que não come porco e viram as costas para a religião que mais cresce no país. Todo mundo os trata como burros, ovelhas inocentes que são enroladas para garantir o dízimo no final do mês. A mídia nos entope com imagens de exorcismos e musiquinhas imbecis, tentando desmerecer a santa prática religiosa da galera que gosta de chutar as santas. Eu me identifico com eles, também gostaria de chutar uma santa...

Os evangélicos não estão errados, eles têm toda a razão de se acharem superiores, os únicos dignos do amor divino. Darwin explica, é a evolução das espécies. A religião católica é um dinossauro enferrujado, imobilizada por dogmas burocráticos, praticamente uma estatal mal administrada, só serve como cabide de empregos. Já os evangélicos não, eles são o século XXI, o capitalismo avançado, o gozo do neo-liberalismo selvagem. O Bispo Macedo é o Papa privatizado.

A eficiência deles é evidente, são mais produtivos e dinâmicos. Enquanto os católicos marcam suas missas para as 8 da manhã (ou melhor, madrugada) de domingo, os evangélicos são mais flexíveis, fazem culto de hora em hora, atendem pela Internet e contratam atrizes ex-globais para pregar em sua emissora de TV. Mas nada disso é comparável à grande invenção dos Bispos: o produto gospel. O gospel é a santinha de gesso hi-tec, tem muito mais valor agregado (como diria Marx) e possibilita lucros mais gordos. Livros, CD's, revistas, softwares, roupas, comida... Os produtos são muito mais variados e podem cobrir todas as necessidades de uma família. Isso que é empresa de verdade! Ainda proíbem a idolatria, dizem que comprar santinho é pecado, com isso tiram o mercado de seu principal concorrente. As pessoas vangloriam os Judeus, dando à eles os méritos da invenção dos juros, eu não, dou todo crédito aos novos messias multimídia, eles criaram os bens da salvação, o prazer da compra aliado ao prazer de ficar próximo de Jesus.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Trivialidades


Há algumas coisas que o ser humano faz e costuma ter vergonha de admitir a seus semelhantes. Não estou falando de fraquezas tolas como gostar das novelas da Record. Refiro-me aos mais simples atos essenciais à nossa espécie. Hábitos e necessidades que todos temos. Um deles é ir ao banheiro. Ir ao banheiro pra fazer o número 2. É, dar uma defecada mesmo. Todo mundo faz isso quase todo dia, com exceção de modelos às vésperas do São Paulo Fashion Week, é claro, que não ingeriram nada que possa ser colocado para fora pelo caminho debaixo. No entanto, a maioria das pessoas tem vergonha de dizer que estava no banheiro conversando com o Barroso, passando um fax, ou levando um amigo do interior para conhecer o rio. Tão aí as inúmeras metáforas que não me deixam mentir. Lembro que quando eu era criança, minha mãe ficou uma fera comigo por eu ter atendido a porta dizendo que ela não poderia falar porque estava “fazendo cocô”. Ela saiu correndo de lá dizendo para a visita “ah, essas crianças, a gente entra no banheiro e elas logo pensam que a gente está fazendo aquilo”. Também lembro do constrangimento das pessoas que ligavam por engano lá pra casa e meu pai respondia que “o doutor Fulano não pode atender agora, pois está cagando”. Defecar é mesmo um tabu. Quem é que nunca falou “se me ligarem diz que eu tô no banho”, quando na verdade estava a caminho do grande trono de louça?

A coisa continua mais ou menos por aí com o hábito de se tirar meleca do nariz. Todo mundo faz isso com o próprio dedo e poucos são aqueles que gastam um cotonete para tal. Cada um tem seu próprio método favorito para se livrar do indesejável material, seja fazendo bolinhas que teimam em não soltar dos dedos, seja colocando debaixo da poltrona ou mesmo colando na sola do sapato. Já ouvi falar de um rapaz que tirava de uma narina e colocava na outra. Mas isso não importa. O fato é que pega mal paca meter o dedo no nariz em público. Engraçado é que atividades muito semelhantes não são tão condenáveis. Poucas são as pessoas que olham de cara feia para alguém que esteja tirando cera do ouvido. Menos ainda são os que vêem com maus olhos aqueles tiram remela. Mas qual é a diferença entre meleca, cera e remela? Elas são como primas. São todos produtos expurgáveis de partes do corpo. Por que toda essa discriminação com a filha do nariz? Por que ela é pior do que a filha da ouvido ou a do olho? E nem é preconceito de cor, já que a meleca muitas vezes tem a mesma coloração da remela, dependendo da qualidade do ar que você respira. Então por que toda essa vergonha de tirar meleca?

Mas de todas as vergonhas que temos, a mais absurda é a de estar dormindo. Por que será que sempre que alguém nos liga e nos interrompe o sono, nunca admitimos que estávamos dormindo? A gente atende o telefone com aquela voz esquisita e a outra pessoa saca a situação logo depois do “alô”. O colega pergunta se você estava dormindo e você prontamente nega, como se fosse uma coisa errada. Mesmo que esteja cedo à beça e que àquela hora era mais do que normal que você estivesse sonhando. E a gente ainda vai além de simplesmente negar.
- Você estava dormindo?
- Não, tava não.
- Mas você está com voz de sono...
- Não eu já tinha acordado há uns dez minutos, mas ainda estava na cama.

E por aí vai. Essa mania de as pessoas negarem que estavam dormindo, aliás, é uma das coisas que ainda me fazem ter fé na humanidade. Não acho que negamos que estávamos no meio do sono para não parecermos preguiçosos ou vagabundos. No fundo, no fundo, quem não admite que estava dormindo quando o telefone tocou quer mesmo é evitar que o interlocutor fique constrangido. Tanto que a tendência é que você negue que estava dormindo até quando um maldito operador de telemarketing liga de manhã para a sua casa. Se bobear, até se for engano você vai tentar disfarçar que estava dormindo. Taí um bom jeito de saber com quem você está lidando. Ligue para o objeto de estudo de manhãzinha ou bem tarde da noite, em uma hora que você saiba que ele está dormindo. Se a voz amassada disser que estava acordada, trata-se de um ser gentil, solidário e sensível. Se admitir que estava dormindo, mas que foi bom você ter ligado, pois estava mesmo na hora de acordar, você está lidando com uma pessoa que além de ser boa-praça e de saber que não vai enganar ninguém, ainda quer que os outros se sintam úteis. Mas se atender reclamando que estava dormindo e ainda soltar uma boa saraivada de palavrões, esta é uma pessoa de coração podre, que não liga para os sentimentos alheios e que não demora muito vai lhe decepcionar. Portanto, se por acaso você é um dos poucos que admitem que estava dormindo ao ser acordado por um telefonema, está na hora mudar de atitude. Consulte um hipnotizador, ponha um lembrete no telefone ou adote qualquer outro truque. Cedo ou tarde essa tática estará sendo usada por profissionais de RH ou por namoradas querendo saber se devem ou não se entregar para você.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Sei Lá...


Toda vez que quero me encontrar, interpretar um sentimento ou um pensamento contaminado por um turbilhão de preocupações, reais ou fictícios, reencontro o eixo nas letras da Legião. Tenho amigos, que dizem estar curados dos efeitos quase psicodélicos e/ou terapêuticos das letras de R. Russo. Eu não. Quando ouço, especialmente em momentos de grandes pressões, quase transcendo a um mar de razão que não é a mesma coisa de tranqüilidade. Mesmo assim, melhor sofrer consciente que padecer fantasiando. No meu atual estado de ânimo, esta é a minha música preferida:

Só por Hoje
Só por hoje eu não quero mais chorar
Só por hoje eu espero conseguir
Aceitar o que passou o que virá
Só por hoje vou me lembrar que sou feliz

Hoje já sei que sou tudo que preciso ser
Não preciso me desculpar e nem te convencer
O mundo é radical
Não sei onde estou indo
Só sei que não estou perdido
Aprendi a viver um dia de cada vez

Só por hoje eu não vou me machucar
Só por hoje eu não quero me esquecer
Que há algumas pouco vinte quatro horas
Quase joguei a minha vida inteira fora

Não não não não
Viver é uma dádiva fatal!
No fim das contas ninguém sai vivo daqui mas -
Vamos com calma !

Só por hoje eu não quero mais chorar
Só por hoje eu não vou me destruir
Posso até ficar triste se eu quiser
É só por hoje, ao menos isso eu aprendi

Franjhunio

terça-feira, 1 de abril de 2008

Alistamento Militar


"Você, jovem que completou ou vai completar 18 anos este ano, ALISTE-SE!" Assim dizia o comercial. E que saída eu tenho? Você pode até ter uma peixada ou costas-quentes, mas eu não estou aqui para falar de exceções e sim da maioria, que como eu somos fudidos e tivemos que passar pela seleção dos futuros pracinhas do Brasil.

De antemão já vou acalmando a galera. Na maioria das vezes, tudo o que os seus amigos mais velhos te contam é exagerado elevado à quinta potência. São como aquelas lendas passadas de pai para filho, mas nesse caso, passado entre amigos.

As etapas que vou narrar são os procedimentos oficiais no alistamento. A primeira coisa que você deve fazer é ir bem arrumado no escritório de alistamento. Não pode entrar de bermuda e se você entrar na fila usando bermuda, o sargento já manda você fazer 10 flexões. Bom, se você não for otário o suficiente, eles podem até te atender bem (ah, antes que eu me esqueça, não confie na sua medida que eles colocam na ficha....sempre tem uns 4 ou 5 centímetros a mais).

Então provavelmente você já foi mandado para o batalhão mais longe possível da sua casa e vai ter que acordar às 4:00 pra chegar lá às 6:30. Logo na entrada eles mandam você formar uma fila dupla com um braço de distancia dos companheiros à sua frente e ao seu lado, se for mais ou menos que isso o tenente te dá um esporro e manda você cantar o hino nacional sozinho na frente de todos os outros alistandos.

Passado esse mico, você entra num galpão e espera.... espera.... espera.... espera.... espera... zzzzzz... espera (o detalhe da espera, é um vídeo das forças armadas passando incessantemente num vídeo cassete fulero que eles têm) e finalmente chamam você pelo nome e sobrenome para a parte mais lendária do alistamento: o exame médico. Vários episódios já foram narrados sobre esse tema (teria que escrever um texto exclusivamente para isso), mas coisas como: o médico pede para que todos tirem a roupa, formem um círculo e andem em fila. E se ficar de pau duro, você é dispensado e em sua ficha vai ganhar um código identificando-o como homosexual, ou seja, você vai ganhar um atestado federal de boiola. A maioria da galera pára por aqui mesmo, no exame médico. Todo mundo tem alergia a alguma coisa, asma, lepra, AIDS, o que for... todo mundo joga um caô pra cima do médico... quem sabe ele te dispensa.

Passando por essa etapa você vai para os exames mongológicos, para ver se você é boçal o suficiente para servir a pátria. Faz vários testes: do psicotécnico à medição craniana. Nessa hora você já está com um pé dentro das forças armadas e a não ser que você seja muito idiota a ponto de ter um retardo mental, você já pode se considerar o mais novo defençor da nosas fronteras!
Soudado, simtido!!