Ó Paisagem nua, Dor! - Monólogos Franjhunio: Fetiches...

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Fetiches...


A mulher não precisa ser muito especial para atrair um homem que queira simplesmente liberar aquela rapaziada microscópica com rabinho que a gente não pára de produzir. Tanto que a maioria dos homens é adepto de ditados elucidativos como "Usou saia, não é escocês nem padre, to pegando", "Caiu na água fez tchibum, tô carcando" ou mesmo o esquisito "Mijou sentado, não é sapo, tô comendo". Mas há certos tipos de fêmeas que não são apenas bem-vindos na cama. São espécimes que mexem de maneira mais forte com o sexo masculino. As razões são muitas. Entenda por que você perde a cabeça ou até saliva ao ver determinadas mulheres:

A loura - Muita gente gosta de loura. Em cada parte do mundo há uma razão diferente. No Brasil, este fenômeno pode ser explicado por um raciocínio simples. Veja bem. Estamos num país latino, o¬nde as pessoas são predominantemente morenas, com cabelos negros ou castanhos. Assim, a maioria das mulheres louras, na verdade, tem o cabelo pintado. Se elas pintam o cabelo, é porque não estão satisfeitas com sua aparência original e querem mudar. Se mudaram, vão querer saber se sua nova aparência agradou e ficarão mais receptivas a demonstrações de aprovação. Por isso, o subconsciente masculino faz com que nos sintamos mais à vontade para dar aquele olhadão na rua ou até mesmo mandar aquelas cantadas geralmente ineficazes. Há ainda os homens que pensam que essa busca por aprovação da loura pode facilitar sua aproximação até o último estágio, ou seja, o sexo propriamente dito. Resumindo, tem muito homem que acha que loura quer mesmo é sacanagem, principalmente as de cabelo tingido.


A bibliotecária - Não precisa necessariamente ser uma bibliotecária. Aqui entram todas as mulheres que fazem o estilo sério, com óculos e cabelo preso. Esse espécime atrai os homens que acreditam que por baixo dos aros grossos, da presilha e dos botões bem comportados se esconde uma fêmea que espera a palavra certa, o olhar exato para se libertar e dar vazão a uma carga já insustentável de desejos reprimidos. Não sei de o¬nde surgiu essa idéia besta. Talvez do cinema, que costuma mostrar belas moças recatadas, que a certo momento da história se soltam e viram um mulherão de quem os homens quase não conseguem dar conta. Não dá para apostar muito nessa hipótese, mas faz certo sentido que uma mulher reprimida tenha um bom potencial na hora que chutar o balde.


A oriental - O interesse por japonesas, chinesas ou coreanas é capaz de sustentar páginas e páginas da internet que se dedicam exclusivamente a elas. Os motivos para as orientais despertarem o desejo do ocidente são muitos e podem parecer até absurdos. Uns vêem nas orientais o desconhecido, que sempre fascina. Outros, menos informados e sem a menor noção sobre anatomia, esperam conferir a lenda de que a vagina oriental é atravessada. Pois é, existe este mito. Dizem até que elas não podem brincar de descer deslizar pelo corrimão de uma escada, para não se machucarem. Besteira. Também baseados em boatos, talvez verdadeiros, há os que acham que poderão satisfazer melhor uma oriental, que está acostumada com os pênis diminutos de sua região de origem. Existem ainda os que relacionam as orientais às técnicas de prolongamento e potencialização de orgasmo. Mas a maioria dos aficionados pelas orientais se amarra mesmo é num peitinho. E no cabelo liso, nos olhos puxados, no corpo frágil, etc, etc.


A colegial - Ahhhhh, as colegiais. As colegiais, meu Deus. Bem, para começar, na sua mente sacana, a adolescente que usa uniforme escolar deve aprender as coisas e você pode ensinar o que ela realmente precisa saber da vida. Além do que, você se sente mais seguro com alguém que tem menos experiência que você. E aquela saia de pregas lhe faz lembrar que quando você estava na escola, suas colegas mais gostosas não estavam nem aí pra você e só se engraçavam com os caras mais velhos que tinham justamente a idade que você tem agora. E o mais importe, a colegial é também uma ninfeta. E não há nada melhor que seios ainda empinados, nádegas ainda firmes, a pele ainda lisa e o território ainda pouco explorado.



A ruiva - A tara pelas ruivas não é algo muito comum. Mas com certeza, quem já ficou com uma ruiva sempre acaba se gabando da façanha numa mesa de bar. Tudo por causa da raridade desse espécime. Se as chances de se conhecer uma ruiva verdadeira já são poucas, imagina então levar uma delas para a cama? Por isso a frase "Eu já comi uma ruiva" sempre é dita com orgulho. Como é difícil dizer "eu também", você acaba ficando meio frustrado e vai cultivando a vontade de também um dia se perder entre mechas rubras. Daí seus instintos ficarem tão aguçados na presença de uma ruiva. Sem contar que há sempre aquela curiosidade em saber qual a cor dos pêlos pubianos das ruivas.

Lésbicas - Essa é imbatível. Nunca conheci um homem que não soltasse um sorriso maroto ao saber que uma colega é lésbica ou simplesmente imaginar duas mulheres juntas na cama. É bom deixar claro que não estamos falando de sapatão, aquela mulher que acha que é homem, fala grosso, tem gestos brutos e até coça um saco imaginário. A lésbica interessante mantém sua feminilidade. A excitação causada pela imagem de dois corpos femininos se tocando é uma característica tão arraigada na condição masculina que fica impossível determinar uma razão. Há apenas especulações sobre o assunto. Alguns mais sensíveis vêem uma beleza plástica no ato, que não deixa nada a dever às obras mais famosas dos maiores mestres da pintura de todos os tempos. Outros se fascinam com o processo, tentando descobrir em que ponto aquilo já pode ser chamado de sexo, já que não há penetração (será que começa no beijo ou no toque nos seios? Quando é preliminar e quando já acabou?). Mas os homens querem mesmo é se juntar àquelas duas moças ali, convencidos de que a festa só vai estar completa quando eles estiverem no meio da coisa, já que elas devem estar sentindo falta de um elemento mais sólido na relação.

A amiga - Há quem não acredite que mulheres e homens possam ser amigos. Mas é possível, sim. O único problema é que se perguntarem para a mulher se ela iria para a cama como o cara ela vai dizer "Claro que não. Ele é meu amigo", enquanto o homem vai dizer "É claro, sou homem". A vontade de traçar sua amiga muitas vezes vêm do fato de ela despejar sobre você confidências sexuais, como se você não fosse ficar pensando naquilo depois. É inevitável desenvolver o raciocínio "se ela dá praquele babaca, por que não dar pra mim, que sou amigo?". E você fica achando que mandaria muito bem no caso de isso se realizar, já que sabe do que ela gosta e do que não gosta.

A namorada do amigo - Querer pegar a namorada do amigo é uma coisa muito freqüente. Primeiro, porque é proibido. O proibido é sempre atraente. Segundo, porque é arriscado (seu amigo pode descobrir e vai dar a maior merda). O risco costuma ser um bom tempero pra essas coisas. E você também fica com uma carta na manga caso seu amigo um dia vacile contigo e te sacaneie feio. Aí é só soltar "Pois fique sabendo que eu já comi a Jussara. E ela me achava melhor que você, seu babaca".

Franjhunio

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