Ó Paisagem nua, Dor! - Monólogos Franjhunio: Triste fim da Turma da Mônica

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Triste fim da Turma da Mônica

Quem não cresceu lendo os quadrinhos da Turma da Mônica? Bom, eu não cresci, mas foda-se, isso é só uma pergunta retórica para começar o texto. Eu cresci lendo outras coisas, revistas muito mais saudáveis do que aquela turminha gay o¬nde o viado do Maurício de Souza extravasava suas neuras psicóticas. Essas merdas de historinhas politicamente corretas embutiram em nossa sociedade um pensamento puritano e hipócrita.

Criados no início da década de 60, esses personagens foram perpetuados como crianças eternas, uma espécie de Peter Pan tupiniquim. O que o Senhor Maurício de Souza guarda em sigilo é que esses personagens cresceram, se tornaram adolescentes e hoje em dia já estão com 40 anos. A biografia deles é escabrosa. Felizmente tive acesso aos arquivos secretos e vou poder divulgar em primeira mão o que aconteceu com a Turma da Mônica.

Magali:
Quando menina foi uma verdadeira glutã. Até os 13 anos pôde comer exageradamente sem que isso prejudicasse sua forma física, mas após ter menstruado seu metabolismo mudou. Magali ganhou peso e logo se tornou uma obesa mórbida. Isso lhe rendeu o apelido de "megaleia" na sétima série. Enquanto suas amiguinhas davam os primeiros beijos e perdiam a virgindade, Magali levava uma vida solitária devido ao preconceito.
Fez faculdade de pedagogia, curso o¬nde poderia se enturmar com um grupo de garotas gordas e barangas. Ficou viciada nesses remédios para emagrecer, tentou de tudo: porangaba, herba life, diet shake, inibex e uma série de anfetaminas e anfepramonas... mas o sacrifício foi em vão.
Seguiu carreira como orientadora psicológica em uma escola da periferia. Recentemente descobriram que ela molestava sexualmente alguns de seus alunos, pois era a única forma de conseguir prazer. Foi afastada, deflagrou-se sindicância, o que culminou em processo administrativo-disciplinar e demissão a bem do serviço público e hoje vive sozinha com um cão labrador, seu único amante, quero dizer, companheiro.

Cascão:
Famoso por ser um garoto sujo e que não gosta de tomar banho. Quando completou 17 anos seus pais morreram em um acidente de carro e para se virar teve que virar catador de lixo. Sua "expertise" no assunto fez com que ele avançasse rapidamente na carreira e aos 23 anos já tinha seu próprio ferro velho. Se casou com uma mendiga, pois só ela agüentava a sua falta de higiene.
Sua esposa o introduziu no mundo das drogas. Começou com um cigarrinho de maconha e foi evoluindo, até chegar ao crack. Começou a perder todo seu patrimônio para sustentar seu vício e quando estava à beira da falência, começou a traficar. Sua boca de fumo fez sucesso, seus contatos com o meio artístico renderam bons negócios.
Foi preso, sua mulher conheceu um traficante mais poderoso e começou a traí-lo. O cara armou uma tocaia durante uma rebelião, mandando alguns camaradas furarem Cascão com um estilete. Morreu no início da década de 90, com 30 anos. Foi enterrado praticamente como indigente em uma cova rasa do cemitério público.

Cebolinha:
Foi demitido antes de completar 13 anos porque começou a ficar velho demais para o papel. Desesperado, Cebolinha amargou o ostracismo durante 10 anos. Em 1983 tentou voltar ao mundo artístico como cantor de música brega, mas seus problemas de pronúncia minaram a sua carreira. Ficou condenado a cantar em quermesses em cidades do interior, onde seu status de ex-personagem de quadrinhos ainda rendia alguma coisa.
Em uma dessas andanças conheceu um homem chamado Edir. Ele tinha o plano de fundar uma nova religião e arrecadar fortunas com o seu rebanho. Edir convidou Cebolinha para seu projeto, seu carisma seria muito útil.
A simpatia de um aliada com a visão empreendedora de outro foi uma combinação imbatível. A nova religião estourou em meados dos anos 80 e ambos ficaram ricos. Cebolinha foi encarregado de expandir a fé em novos países e hoje lidera um grupo missionário nos Estados Unidos. De vez em quando faz algumas aparições em uma emissora de TV pertencente à Igreja.

Mônica:
Seu jeito mandão e enfezado perduram até hoje. Quando adolescente se tornou a pessoa mais odiada da classe, tomava a frente de tudo e sempre inventava ações de protesto. Decidiu cursar Filosofia, o¬nde conheceu o amor de sua vida. Roberta era 15 anos mais velha e virou a vida de Mônica de ponta à cabeça. Decidiu sair de casa porque a família não aceitava sua sexualidade.
Sua esposa a apresentou a famosa arte do sado masoquismo, com a qual se identificou imediatamente. A carreira de filósofa não rendia muito dinheiro, mas nada a preocupava enquanto estava sobre os cuidados de Roberta.
A promiscuidade tomou conta de sua vida e logo começou a se envolver com outras mulheres, experimentando práticas sexuais ainda mais pervertidas. Roberta descobriu e colocou um ponto final na sua união com Mônica. Sua única opção foi juntar suas economias e comprar uma passagem para Amsterdã, onde ainda trabalha em uma famosa casa de shows que promove apresentações bizarras.

Um comentário:

Raquel Maciel disse...

que horror! Minha infância..